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Concentração de seguradoras traz “prejuízo” para mediadores e clientes, diz novo líder da APROSE

Nuno Martins defende uma valorização da mediação de seguros e diz que o futuro da profissão "não é esmagar preço", mas sim reforçar a proteção dos clientes

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Acrescente concentração no setor dos seguros está a traduzir-se num prejuízo para mediadores e para o cliente final, aponta Nuno Martins, o novo presidente da APROSE, associação que representa os corretores e agentes a exercerem a atividade de mediação de seguros em Portugal. Há dois meses no cargo, o responsável defende uma maior valorização da profissão e diz que o futuro não é “esmagar o preço”, mas acrescentar valor.

 

“As seguradoras têm desafios. Um deles foi esta concentração de seguradoras que, de algum modo, se reflete num prejuízo para a mediação e para o cliente final“, assumiu Nuno Martins, durante a abertura do segundo dia do Fórum Nacional de Seguros 2025, que está a decorrer na Alfândega do Porto.

Durante a sua primeira intervenção pública desde que assumiu a liderança da APROSE, em maio, Nuno Martins reforçou que “a concentração e o mercado em si estão a pressionar as seguradoras derivado ao aumento de sinistralidade e aos custos”.

 

No entanto, o mesmo responsável argumentou que “o motor da indústria das seguradoras é a mediação“, assumindo uma relação de “parceria” na qual os mediadores surgem como uma “equipa de vendas das seguradoras”.

 

Ainda a estabelecer as prioridades para o seu mandato, Nuno Martins disse querer valorizar o papel do mediador, procurando “transformar o valor percebido do cliente — que muitas vezes é o preço — no trabalho com o mediador”. Para o responsável, é preciso “perceber que isto não é para esmagar preço, mas proteger cada vez mais”.

 

Nuno Martins quer ainda que os mediadores assumam um papel mais ativo em temas como as catástrofes naturais, ou o protection gap, incluindo a profissão nesta transformação que o setor está a atravessar. “Temos de levar ao nosso cliente a noção de risco e de proteção”, completou.

 

Congresso em fevereiro e regresso dos prémios APROSE

 

No que diz respeito à questão tecnológica, o presidente da associação adiantou que quer desenvolver a tecnologia no trabalho da mediação, acrescentando que os planos passam, numa primeira fase, por criar uma plataforma de conversa com empresas de tecnologia e software para perceber qual é o caminho a seguir. Para, numa segunda fase, perceber como implementar essas soluções.

 

A preparar a realização de um questionário junto das empresas precisamente “para sustentar os passos seguintes”, a APROSE está já a preparar o próximo congresso, previsto para o final de fevereiro do próximo ano, com algumas mudanças para dinamizar este encontro.

 

Outra das novidades avançadas pelo presidente da associação é o regresso dos prémios APROSE, para criar uma montra com os melhores operadores deste setor.

 

Desenvolver a academia da APROSE, assim como criar novos conteúdos, nomeadamente em termos técnicos, são outras das prioridades na lista do novo líder da associação que representa a mediação de seguros em Portugal.

 

ECOseguros 9/07/2025

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